Índice das particulares sobe menos e empata ao longo da última década
Por Redação
A divulgação do Índice da Educação Básica (Ideb) de 2013 mostra uma diminuição da diferença entre as redes pública e particular, desde que a medida da qualidade da educação começou a ser feita, em 2005. A situação melhorou pouco na pública, mas menos ainda na privada.
Na escala de zero a 10, a rede pública subiu, em 8 anos, 1,3 ponto no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, 0,8 no ciclo final da etapa e apenas 0,3 no Ensino Médio. No mesmo período, o sistema particular subiu 0,8 nas séries iniciais, 0,1 nos anos finais do Ensino Fundamental e caiu 0,2 no Ensino Médio. 
Embora a média das particulares continue melhor do que a das públicas, a diferença caiu de 2,3 para 1,8 ponto na medida de qualidade do 5º ano, de 2,6 para 1,9 no 9º ano, e de 2,5 para 2 no fim do Ensino Médio. A rede pública contabilizada neste dado soma as matrí-
culas dos sistemas estaduais e municipais.
Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieesp, entidade que representa as instituições particulares em São Paulo, afirma que a diferença ainda é grande. “Nós já temos notas acima das metas estabelecidas para as públicas em 2021”, comenta. Para ele, a aproximação dá-se pelo crescimento do poder econômico e consecutivo aumento de alunos oriundos de escolas públicas nas instituições pagas. “Esta nova classe C vem com dificuldades.”
O professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP, afirma que o índice reforça que a diferença está mais ligada à classe social do que à qualidade das escolas. “Isso demonstra que o problema é estrutural e que, exceto as melhores escolas particulares, não adianta tirar do sistema público em busca de qualidade.” 
Com a queda das particulares no Ensino Médio, a diminuta rede federal passa a ser a que tem maior Ideb em todas as etapas, com 7,0 nos anos iniciais do Fundamental, 6,3 nos anos finais da etapa, e 5,6 no Ensino Médio.
Publicado na edição 91, de outubro de 2014 
Disponível em Carta na Escola








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